quarta-feira, outubro 25, 2006
domingo, outubro 22, 2006
em desenho de Jorge Loureiro,
sobre retrato de autoria desconhecida
&
em livre tradução
Ao sentir-se fraco, atente aos pés e deixe-se conduzir por indícios de sonho. Sentindo-se perdido, mira as mãos. Nelas há notícias acerca da beleza no homem.
Silêncio é necessário. As cavernas permanecerão escuras enquanto idéias, lembranças, promessas e preces estiverem em circulação. Não se sabe como frear tais fluxos, restando esperar que as ilusões cumpram suas tarefas e batam em retirada.
Silêncio é necessário. As cavernas permanecerão escuras enquanto idéias, lembranças, promessas e preces estiverem em circulação. Não se sabe como frear tais fluxos, restando esperar que as ilusões cumpram suas tarefas e batam em retirada.
É só seguir toda-vida; seguir reto, depois quebrar à direita, ou à esquerda, até a altura de umas alturas e, quando lá, entregar-se.
terça-feira, outubro 17, 2006
domingo, outubro 15, 2006
sábado, outubro 07, 2006
Foi assim:
Uma vez descrevi. O menino era pequeno. Depois é agora. Ele cresceu. Produzirei metáforas sobre as suas metáforas - disse. Logo abaixo, eis nosso Jardim Japonês:
Uma vez descrevi. O menino era pequeno. Depois é agora. Ele cresceu. Produzirei metáforas sobre as suas metáforas - disse. Logo abaixo, eis nosso Jardim Japonês:
aurora
chuvisco no pântano
tece em faíscas de seda
frestas na pupila
sol manso
negro com missal
atraso, cheiro a lavanda
peixe e pão ao senhor
sol quente
berço pendurado
desce a janela macio
chocalho com véu
noitinha
janela fechada
represa o ritmo da rua
ruído na pele
(exercícios poéticos, de 1990)