domingo, fevereiro 25, 2007
domingo, fevereiro 18, 2007
quinta-feira, fevereiro 15, 2007
para seguir adiante
faltou corpo
então segui para trás
na minha cidade-instante
falta porto
e o vento um sonho me traz
nele sigo, silente
farto e inteiro
sei como tudo se faz
o sonho é incandescente
falo o justo:
fiquei com medo, rapaz
brinco de repente
falta pouco
mas ainda não tenho paz
o amor vive em semente
fruto oculto
germina em rima, em lilás
faltou corpo
então segui para trás
na minha cidade-instante
falta porto
e o vento um sonho me traz
nele sigo, silente
farto e inteiro
sei como tudo se faz
o sonho é incandescente
falo o justo:
fiquei com medo, rapaz
brinco de repente
falta pouco
mas ainda não tenho paz
o amor vive em semente
fruto oculto
germina em rima, em lilás
segunda-feira, fevereiro 12, 2007
É domingo. É noite. Disseram-me ser possível a felicidade. Disseram-me também para vir a este quarto. Para sentar-me - foi o que me disseram. Fiz tudo direito. Agora espero. O som vem do teto. Há um vento falso, incompleto. A quadrinha me persegue. Verei se encontro outro metro. Farei sentenças grandes e cheias de conectivos. Usarei livremente os apostos e as conjunções. Todavia, em primeiro lugar, todavia é tão lindo, todavia não estou conseguindo. É o fantasma do Quintana, decerto. Quer me ver nas ruas sem rumo, prisioneiro do aberto.
sábado, fevereiro 10, 2007
O sol se desvenda no Ganges e vem se ocultar no Guaíba. Rios existem. Cidades vivem às suas margens. Homens caminham, sentam-se às sombras, banham-se. Olho movimentos de águas, olho tremores de seres ao vento. Há a possibilidade de algum conhecimento?
terça-feira, fevereiro 06, 2007
caminhar nas águas
atravessar mares vermelhos
repousar em cruzes
e outros ofícios sagrados
beber poções
esfregar ungüentos
inventar em sonetos
e em outros metros inventados
eis uma boa lista
de afazeres por fazer
quisera conquistar sorrisos, marcos
apesar, nunca é tarde
solene, percorro este beco
por igual, chegarei aos prados
atravessar mares vermelhos
repousar em cruzes
e outros ofícios sagrados
beber poções
esfregar ungüentos
inventar em sonetos
e em outros metros inventados
eis uma boa lista
de afazeres por fazer
quisera conquistar sorrisos, marcos
apesar, nunca é tarde
solene, percorro este beco
por igual, chegarei aos prados