Pena.
No antes me preparava com cheiros novos e cores. Virava a casa em porto, respirava com capricho, sentava-me atento, sem gesto. Depois aprendi a morar no seu esquecimento. Consegui jeito de amar sem tocar; um amar sem forma, sem objeto. Aprendi o esconder, o tremer silente e outros modos certos. Hoje rimo escondido, tomo uma dose, releio, revejo, vejo-me só e confesso: com um novo truque, por igual, o final foi feio. Nem à espera eu estava e, assim mesmo, você não veio.