Fui ao Longe. E Nele ainda estou.
Arrastei-me por corredores, entreguei-me a cadeiras flutuantes, recostei-me a muitas paredes de trens subterrâneos, conversei em idiomas desconhecidos. Vi o Fado, ouvi o Tejo, perdi-me em mapas, troquei endereços, troquei abraços, chorei diante dos Libros de um certo Manuel Valdés que, em madrugada madrileña, disse-me tudo o que a mim poderia então ser dito. E no enquanto ali meus sonhos percorria, o Pessoa, em sussuro, insistia:
A vida é breve, a alma é vasta:
Ter é tardar.
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