...
É depois do dia. A pele respingada tremula. As batatas cortadas em quatro, a cebola em grandes pedaços, o azeite no além-mar inventado, o sal de outros mares e os restos da água tratada, saltitam na panela antiga. Lá, dentro do escuro, bilhões de substâncias engendram-se ao som brando do fogo.
É depois da guerra. A terra foi tocada pela escuridão da guerra. As máquinas vão se retirando do campo. Alguns soldados sorriem. Seus dentes querem ser um véu a empalidecer o horror tatuado em suas gargantas.
É depois do calor de agosto. A chuva fina é prenúncio da estação prometida. Todavia, paira sob o céu estrelado, uma ameaça de deserto.
É depois da guerra. A terra foi tocada pela escuridão da guerra. As máquinas vão se retirando do campo. Alguns soldados sorriem. Seus dentes querem ser um véu a empalidecer o horror tatuado em suas gargantas.
É depois do calor de agosto. A chuva fina é prenúncio da estação prometida. Todavia, paira sob o céu estrelado, uma ameaça de deserto.
É. Depois de tudo, resta-me sorver a sopa e oferecer essas letras embaralhadas.
1 Comments:
Acho que estamos vendo os penúltimos espasmos dessa desgraceira toda. É reconfortante saber que aqui sempre terá uma boa sopa para se compartilhar. Sorver a paz, de vez em quando, faz bem. Abração.
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