O cão
No amanhecer ele veio. Veio negro, brilhoso, do destino. Não do mundo falado, veio cego, breve, no contorno exato. Intento verso para contá-lo, como se assim dominasse o cosmos, donde o estupor de sua imagem persiste.
À beira de novo embarque, desejo encontrá-lo, senhorio de minha alma, espectro meu inteiro. Permito-me suplicar. Venha-me em socorro, venha-me belo, venha ter outra vez em meu sono. Venha saltar sobre o muro, n’outra manhã de relógios.
1 Comments:
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