terça-feira, junho 20, 2006

O cão

No amanhecer ele veio.
Veio negro, brilhoso, do destino. Não do mundo falado, veio cego, breve, no contorno exato. Intento verso para contá-lo, como se assim dominasse o cosmos, donde o estupor de sua imagem persiste.
À beira de novo embarque, desejo encontrá-lo, senhorio de minha alma, espectro meu inteiro. Permito-me suplicar. Venha-me em socorro, venha-me belo, venha ter outra vez em meu sono. Venha saltar sobre o muro, n’outra manhã de relógios.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Really amazing! Useful information. All the best.
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10:18 PM  

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