quarta-feira, junho 21, 2006

Vivemos como não houvesse céu, firmamento, oceanos, estrelas, mares conhecidos, matéria. Como fosse possível olvidar o sono, profundezas, partos, passagens, transmutações, rumos – vivemos.
Disseram-nos dos horrores do trabalho e dos horrores outros: pragas. Espelhados, vidramos nos dias de pessoas tantas, nas labutas, nos jogos, crentes nós todos em azares de não sermos capazes de vislumbrar, vibrar livres, ausentes de fazeres árduos, dos dias que se avolumam. Em escravizações, escravisagens, estreitezas, acorrentamentos: ao bem fazer, ao tornar-se o querer dos outros, desconhecidos, passados, temerosos. Pouco ouvimos a música do mundo.
Desventura. Vivemos como houvesse O Céu, não firmamento, estrelas.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

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10:18 PM  

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