quarta-feira, julho 02, 2008

Perguntou-me o homem: o que foi fazer na Índia? Sorri, meneei a cabeça, ensaiei um riso fraco e disse: fui pensar. Ele, suponho, pensou. Não suponho o que pensou, nem em qual idioma íntimo traduziu os sons do dizer: fui pensar. Houve um silêncio. Um silêncio-instante. E seguimos falando sobre trens, enquanto ele pilotava o carro, enquanto me perguntava: o que pensei na Índia? Vou pensar - penso.
Vou pensar.