domingo, junho 25, 2006

Quisera dizer com todas as letras. Com a, com bê, com cê, com alfas, ômegas e além. Pudesse, abriria a comporta dos ditos. Inundaria a cidade com enxurrada de não-ditos. Todavia, faltam-me as forças.
Tentarei os números. O um, por primeiro, seguido do dois e, em terceiro, o três. Pronto. No quarto o oito invade, deita-se, insinua o infinito. Outra canseira.
Contarei uma estória, então. Sem começo, sem enredo e sem moral. O volume, porém, será ricamente ilustrado. Às margens de cada página haverá molduras. Nelas os dragões, serpentes, pássaros, árvores com frutos vermelhos e estandartes poderão, enfim, repousar em silêncio.