sábado, julho 26, 2008

Pena.

No antes me preparava com cheiros novos e cores. Virava a casa em porto, respirava com capricho, sentava-me atento, sem gesto. Depois aprendi a morar no seu esquecimento. Consegui jeito de amar sem tocar; um amar sem forma, sem objeto. Aprendi o esconder, o tremer silente e outros modos certos. Hoje rimo escondido, tomo uma dose, releio, revejo, vejo-me só e confesso: com um novo truque, por igual, o final foi feio. Nem à espera eu estava e, assim mesmo, você não veio.

1 Comments:

Blogger Be Lins said...

Belo,
denso,
e triste.

Mas em toda tristeza,
em toda beleza,
permanece uma sombra de saudade.

10:14 AM  

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