domingo, agosto 17, 2008

Encontro um trecho, escrito por certo Zamora - se viveu ou se foi inventado não sei, pois só dele menciona o nome, no Romance de Peron, o senhor Tomás Eloy Martinez. Ao trecho!
:
"O erro da filosofia consiste em explicar o homem através daquilo que pensa ou sente. O homem é o que é: o tortuoso e labiríntico impulso que o leva a traçar uma vida que raras vezes se parece com o seu projeto de vida. Só vivendo nos conhecemos. A vida nos delata."

quarta-feira, agosto 13, 2008


amar-desarmar-desamar-armar-há-nisso-um-erro-sei-que-há. há o amar!

Quando veio, a paixão foi das enormes, das de pensar chegadas as coisas, as inexistentes: o Sempre, o Tudo e o Até o Fim.

Quando acabou, a dor foi das sem tamanho. Foi dor de cegar. Veio o tempo de chamar de erro todo o antes; tempo de negar o desejo, o viver do outro e o encanto do encontro.

Todavia, quem por janela olha a trama, ousa dizer: sobrou do ser dois-qual-fossem-um, por longo tempo vivido, um novo-ser-cada-um-consigo.

Coração é lugar de passagem. Não é paragem não.

sexta-feira, agosto 01, 2008

Estava dentro da noite, era depois da noite - o coração ia tranquilo, no reconforto do encontro, na hora depois do encontro. Ainda havia vontade de ler, de chegar ao cume, de conhecer o fim da história. Foi quando Michel del Castilho, disse:
"Talvez chegará o dia em que os livros já não existirão. Aí, os homens se descobrirão sem memória, incapazes de decifrar o passado, privados das palavras para dizer a sua esperança, reduzidos ao silêncio do fracasso. De repente, eles estarão mais nus do que na primeira manhã do mundo."